“Os autocarros vão sempre cheios”, dizem os utentes. Desde as 6 da manhã, quase todas as carreiras interurbanas com destino a Lisboa vão cheias, tão cheias como se não estivéssemos a sofrer o impacto de uma pandemia covid-19.
Nos municípios circundantes de Lisboa, os índices de contágio têm estado a aumentar mas, mesmo assim, as empresas de camionagem não cuidam de respeitar as orientações da Direção Geral de Saúde relativamente ao distanciamento entre passageiros.
As pessoas levam máscara posta quando entram nos autocarros mas, depois, lá dentro, viajam em pé, na maioria das vezes, encostadas umas às outras por falta de espaço.
A maioria dos utentes não usa luvas quando apanha um transporte público e, ao contrário do que seria suposto, nos autocarros não existem desinfetantes para as mãos, sendo que os autocarros também não são desinfetados com a frequência ideal, como é evidente.
Os desabafos nas redes sociais são muitos: “Hoje confirmei que os autocarros não têm dispensadores de desinfetante. O horário que está em vigor é o que existia na pré- pandemia para os domingos, com exceção das carreiras diretas que continuam a ser efetuadas. Por uma questão de prevenção evitei os horários das “horas de ponta” visto que fui informada que aí é caótico. Fui no que parte às 9h, quando chegou a Guerreiros com pessoas em pé e algumas sentadas ao lado uma das outras, ultrapassava já a lotação recomendada. Outra situação caricata é que não existe afixada informação sobre as alterações de horários.”
Desabafos.