Poucas centenas de pessoas participaram na manifestação do Chega.
Segundo os relatos dos jornalistas, os manifestantes eram cerca de 200 no início da caminhada… e à medida que o cortejo foi descendo a avenida juntaram-se mais alguns.
O intuito da manifestação era, alegadamente, demonstrar que não há racismo em Portugal… Bom, se todos os racistas estivessem estado na manifestação, então seria verdade, os racistas seriam tão poucos, realmente, que não teriam expressão na sociedade portuguesa.
Acontece que a experiência de vida, os relatos das vítimas e dados recolhidos por observadores insuspeitos dizem precisamente o contrário, dizem que mais de 60 por cento dos portugueses são racistas…
Não sei se o Chega pode esfregar as mãos de contente, porque é natural que muitos destes racistas, embora portugueses, não sejam brancos… e, portanto, dificilmente cumprem todos os requisitos para serem militantes ou apoiantes do deputado Ventura.
O deputado Ventura acha que a História de Portugal é paradigma de sã convivência intercultural como se algum ato colonialista pudesse ser tal coisa.
Treze anos de guerra colonial não dizem nada a esta gente no que respeita a subjugação e repressão política.
Digamos que estes tipos vêm o Mundo com os seus próprios olhos – uma verdade de La Palisse – e portanto o que se pode esperar de fascistas e nazis senão o total desprezo por evidências que saltam à vista de qualquer um, mas que eles não conseguem ver…?
De braço esticado, o deputado Ventura vai dizer que era a saudação romana, dos soldados do Império romano… o que soa mais a desculpa por ter desobedecido ao mentor de muitos manifestantes, o sr. Mário Machado, dirigente de diversos movimentos nazis que foram proibidos por Lei e ilegalizados…
Outra motivação dos organizadores da manifestação seria mostrar apoio à polícia… coisa que qualquer polícia minimamente decente certamente rejeita, vindo de quem vem.