O assassino vestia uma farda da polícia e a vitima era um desempregado.
A detenção foi feita sem que o detido tivesse oferecido resistência, mas o polícia deve ter tido gozo em humilhar o cidadão.
A vítima morreu asfixiada pelo peso do corpo do polícia centrado num joelho que pressionava o pescoço da vitima que avisou várias vezes que não conseguia respirar.
Quando deixou de falar, estava morto.
Foi então que o polícia desmontou da vitima.
E foi então que a revolta se apossou das pessoas, que vieram para as ruas e protestaram e exigiram vingança e se excederam nos protestos e só assim obrigaram o Estado a reagir…
O assassino foi finalmente detido e está acusado pela morte do cidadão que subjugou de forma absolutamente brutal e insensível.
Eu espero que isto sirva de aviso a todos os polícias que acham que se podem ultrapassar os limites da Lei, que eles podem tudo, que a eles tudo lhes devia ser permitido.
Não é assim, nem na América e muito menos em Portugal.
Uma bagatela penal não pode justificar a brutalidade policial… e a polícia não pode torturar, não pode matar.
Polícias assim, ninguém os quer, a sociedade rejeita isto, as pessoas não pactuam com crueldade, quando o fazem deixam de ser pessoas e passam à condição de bestas humanas.
Já ninguém sonha com a América e a land of freedom, a terra da liberdade, é cada vez mais um sítio mal frequentado e a evitar, principalmente se tiver cara de espânico, se for negro ou achinesado…
Em Portugal também temos tido os nossos racistazinhos de trazer por casa, nem sempre polícias, mas também polícias…
O Luís Giovanni morreu e ainda não sabemos porquê? Os criminosos ainda não foram julgados, mas hão de ser, claro… e então veremos o que acontecerá…
Claudia Simões também foi montada por um polícia e ficou com a cara feita num bolo. Justiça? Continuamos à espera para saber o que pensam os executores da Justiça sobre o sucedido na Amadora. Na altura a senhora disse que teve medo de morrer… e disso, desse medo horrível que ela sentiu, ninguém pode duvidar.
Conheço muitas histórias destas onde o racismo desposta indisfarçavelmente…
durante alguns anos fiz um programa na SIC que se chamava Casos de Polícia, alguns mais velhos e de boa memória deverão estar lembrados. Nesse programa contei muitas histórias deste tipo, a violência policial não é novidade para ninguém. Há uma história de que me lembro com frequência… a história d eum cigano que estava preso, condenado a 7 ou 8 anos de cadeia por tráfico de droga. Um dia veio ter comigo um militar da GNR que me contou a história. Ele tinha pertencido ao grupo que participou na ação policial que levou à detenção do cigano. O homem seria de facto traficante, mas quando foi detido pela GNR não tinha droga com ele. Mas puseram-lhe 1 kg de cocaína na mala do carro. Cocaína que teria sido retirada do cofre onde a GNR guarda droga apreendida antes de ser destruída. A prova do crime foi plantada na mala do carro do cigano. E assim condenaram o homem.
No final, o GNR que denunciou isto deu a cara por aquilo que afirmava, diz que o fez por estar arrependido, levou com um processo disciplinar e demitido da GNR.
E é contra isto que temos de combater. Não vale tudo.